Análise: Dorival terá trabalho, mas principais problemas do Corinthians fogem ao alcance dele

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Com a experiência de quem já comandou os principais times do Brasil e também a seleção brasileira, Dorival Júnior certamente não esperava ter vida fácil ao aceitar a proposta para dirigir o Corinthians. Porém, ao assistir à derrota por 4 a 0 para o Flamengo em um camarote do Maracanã, o técnico pôde conferir de perto o tamanho do desafio que o aguarda.

O massacre rubro-negro deste domingo deixou evidente problemas táticos, deficiências técnicas e também aspectos físicos e comportamentais que precisam ser ajustados no Corinthians.

Já faz um mês desde que Rodrigo Garro se afastou da equipe para tratar dores no joelho direito e até agora não se encontrou solução para substituí-lo. Contra o Flamengo, o interino Orlando Ribeiro apostou mais uma vez em Romero, escolha que se mostrou equivocada em pouco tempo de jogo.

É verdade que o Corinthians não jogava em um 4-3-3 “clássico”, já que Memphis recuava e ficava mais centralizado, com função de armador, tendo Romero e Yuri pelas beiradas. Sem a bola, era um 4-4-2, já que o paraguaio tinha a obrigação de recuar e ajudar Angilieri a fechar o lado esquerdo da defesa. Mesmo assim, a formação deixou o meio de campo do alvinegro despovoado, obrigando Raniele e até mesmo os zagueiros a fazerem perseguições individuais. Como consequência, buracos foram se abrindo à frente da área.

O segundo gol rubro-negro é ilustrativo. Raniele avança para marcar De La Cruz e deixa espaço às suas costas. Breno Bidon demora a pressionar Pulgar e permite que o chileno domine, erga a cabeça e encontre o melhor passe. Gustavo Henrique sai à caça de Pedro, onde deveria estar Raniele, e é facilmente batido com um passe de primeira. Neste efeito dominó, Arrascaeta é acionado de frente para o gol, na entrada da área, com liberdade. Fatal. GE

 

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