Deise Moura dos Anjos foi presa temporariamente em 5 de janeiro e estava, desde a última quinta-feira (6), na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, onde morreu nesta quinta (13).
A suspeita de matar três pessoas da família do marido após comerem um bolo de frutas cristalizadas envenenado com arsênio, Deise Moura dos Anjos, havia sido transferida na última quinta-feira (6) para a penitenciária em que morreu nesta quinta (13), segundo a polícia.
Conforme as autoridades, a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba tinha mais estrutura para garantir a segurança de Deise. Além disso, é exclusiva para mulheres, diferente do Presídio Feminino de Torres, que é constituído de uma ala para apenadas do gênero feminino em meio a um complexo que abriga também homens.
Deise foi presa temporariamente em 5 de janeiro suspeita de envenenar a farinha utilizada em um bolo consumido em Torres, no Litoral Norte do RS, na véspera de Natal. A polícia também investigava se ela matou o sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro, após consumir bananas e leite em pó levados à casa dele pela nora.
Atendimento psicológico
Os advogados de Deise afirmam que o risco de que a suspeita tirasse a própria vida havia sido informada à direção da penitenciária. A defesa também diz que fez vários requerimentos para que Deise recebesse atendimento médico e psicológico, principalmente depois que foi transferida para Guaíba.
A polícia penal afirma que Deise “recebeu três atendimentos psicológicos na Penitenciária de Guaíba, além de dois atendimentos com a equipe de saúde“. Informou ainda que três psicólogos fazem o atendimento, e que “a rotina de inspeção é permanente“, com revistas diárias nas celas.
Ainda segundo a polícia penal, a cela que Deise ocupava tinha cama, vaso sanitário, chuveiro e pia, além do uniforme prisional, roupas de cama, livros, cartas e objetos de higiene pessoal que não ofereciam riscos.
Isolamento
A defesa de Deise informou que a polícia havia pedido a conversão da prisão temporária em prisão preventiva na terça-feira (11). O pedido havia sido aceito pelo Ministério Público e estava em análise pelo Poder Judiciário. Caso fosse concedido, Deise iria sair da cela em que estava em isolamento e seria colocada em uma galeria com outras detentas.
Segundo a defesa, ela teria manifestado preocupação com a própria segurança caso isso acontecesse.