O contraventor Rogério de Andrade foi preso acusado de mandar matar Fernando de Miranda Iggnacio, em novembro de 2020, no estacionamento de um heliporto no Rio de Janeiro.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), além de Rogério, Gilmar Eneas Lisboa também é alvo de uma mandado de prisão. Ele é acusado de monitorar a vítima até o momento do crime.
Fernando Iggnacio e Rogério de Andrade são, respectivamente, genro e sobrinho do falecido contraventor Castor de Andrade, que foi chefe do jogo do bicho na zona oeste do Rio durante décadas.
Em 2021, o Ministério Público já havia denunciado Rogério de Andrade pelo crime. No entanto, em fevereiro de 2022, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria de votos, trancar a ação penal contra o contraventor, alegando falta de provas que demonstrem seu envolvimento no crime como mandante.
Ainda segundo o MPRJ, os investigadores identificaram “não só sucessivas execuções protagonizadas pela disputa entre os contraventores Fernando Ignnacio e Rogério de Andrade, mas também a participação de uma outra pessoa no homicídio de Fernando”.
Relembre o crime
Às 13h15 do dia 10 de novembro de 2020, Iggnácio chegou de Angra dos Reis, no sul fluminense, transportado de helicóptero até o heliponto da empresa Heli-Rio, na avenida das Américas, no Recreio dos Bandeirantes. Ele desembarcou do helicóptero e, enquanto caminhava rumo ao próprio carro, foi atingido por tiros de fuzil. Os criminosos conseguiram fugir, mas a polícia rastreou o trajeto feito pelo veículo durante a fuga e a partir daí identificou os acusados. IE