Uso de antidepressivos cresceu 37% no Brasil em 2023, aponta estudo

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A Vidalink, companhia de benefícios de bem-estar corporativo, mapeou entre 250 empresas um aumento de 37% na aquisição de antidepressivos no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. Entre os quatro medicamentos mais demandados estão Cloridrato de venlafaxina, Oxalato de Escitalopram, Cloridrato de trazodona e Cloridrato de Sertralina.

O Brasil possui o 3º pior índice de saúde mental do mundo, conforme dados do relatório global anual Estado Mental do Mundo 2022. Especificamente sobre depressão, o país também prevalece com o maior número de pessoas diagnosticadas com a doença na América Latina, segundo estudo conduzido por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Chile e publicado no The Lancet. Os dados apontam que cerca de 12% das pessoas na América Latina apresentarão quadros depressivos ao longo da vida, enquanto no Brasil esse número chega a 17%.

“A boa notícia nesse cenário alarmante é o crescente número de organizações abertas ao tema saúde mental e verdadeiramente preocupadas em subsidiar os medicamentos dos seus colaboradores, não apenas para baixar ou controlar a sinistralidade do plano de saúde, mas também por entender que a saúde e a qualidade de vida dos profissionais tem valor para o negócio. Ainda assim, é importante que o bem-estar seja trabalhado de maneira completa, com um posicionamento preventivo a partir do estímulo de prática de exercícios físicos, adoção de uma alimentação saudável e, claro, acompanhamento psicológico para evitar os avanços dos quadros depressivos”, ressalta Luis González, CEO e cofundador da Vidalink.

O executivo destaca que não basta apenas medicar os colaboradores. É preciso um trabalho conjunto entre empresa e colaborador para tratar da complexidade da temática de saúde mental.

“Para que benefícios como o auxílio de medicamentos e acesso à terapia, por exemplo, sejam eficazes, a própria cultura da organização deve incentivar posturas de acolhimento diante das necessidades de cada indivíduo. O medicamento não surtirá efeito para um colaborador que se encontra em um ambiente tóxico e desestimulador”, explica.

 

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