Mais 3 pessoas da mesma família, envolvidas no ataque que deixou Martins em coma em Bataguassu foram identificadas

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Investigações da Polícia Civil apontaram nesta segunda-feira, dia 29, mais três envolvidos nas agressões do caso Martins, em Bataguassu. Todos da mesma família; os novos nomes apontados são os da mãe, da namorada e do irmão adolescente de Lucas, principal agressor.

No início desta segunda-feira, duas funcionárias da lanchonete onde as agressões aconteceram, prestaram depoimento junto à Delegacia de Polícia Civil. Ainda pela manhã, o amigo de Martins, um homem de 57 anos que também foi agredido pelo grupo, prestou depoimento e foi submetido a exames de corpo de delito que comprovaram as agressões.

Ao fim da manhã, investigadores foram em busca das câmeras de segurança dos prédios próximos ao local do crime. As imagens do circuito de monitoramento flagraram o grupo correndo até a vítima.

Nas imagens, é possível ver um adolescente identificado como R.D.S., de 15 anos, irmão de Lucas e filho de Fernando. O adolescente chega ao local vestindo uma camiseta da rede pública de ensino e conduzindo uma bicicleta.

Kelen Aparecida Domingues, de 47 anos, mãe de Lucas, do adolescente R.D.S. e esposa de Fernando também é flagrada. Kelen estava como passageira em um veículo Chevrolet Vectra Sedan preto, dirigido por Fernando.Na garupa da moto Honda Hornet prata, pilotada por Lucas, estava a namorada, Kezia Alexia de Mello Abreu, de 24 anos. Após pericia das imagens, a polícia conduziu Kelen, Kezia Alexia e o menor, R.D.S. à Delegacia de Polícia Civil onde prestaram depoimento e foram liberados em seguida.

Diligencias estão sendo feitas para identificar mais pessoas envolvidas nas agressões.

O Jornal Cenário MS obteve informações de que Fernando, o patriarca de família, teria dito que estava com a família por volta das 22 horas, quando o filho, Lucas, chegou com a namorada afirmando que um homem havia derrubado sua moto e se recusava arcar com prejuízos. Naquele momento a família toda teria decidido “pegar Martins” e saíram em seu encalço até encontrá-lo, cerca de 2 horas depois no Bairro São Francisco.

Fernando teria admitido que chegou a atingir Martins na cabeça com uma placa que estava fixada em um cavalete que fica na calçada da lanchonete.

No sábado (26), pela manhã, Fernando e Lucas foram conduzidos até a delegacia onde prestaram depoimento e foram liberados logo em seguida com a justificativa de que haviam perdido a situação de flagrante. No restante do dia, a família permaneceu na residência como se nada tivesse acontecido. No domingo, com a divulgação do caso pela imprensa, Lucas e Kezia Alexia excluíram as fotos recentes das redes sociais e a família deixou a casa onde mora no Bairro Irmãos Solito e passaram a se refugiar na casa de colegas em Bataguassu.

Para a imprensa, o delegado responsável pelo caso, Dr. Daniel Wollz falou que “A apuração continua para a verificação do grau de participação de outros envolvidos e nas intenções de cada envolvido no que se refere a eventual vontade de ceifar a vida da vítima e de lesioná-la gravemente”, explicou.

Já a Santa Casa de Campo Grande, onde a vítima continua em coma no CTI, divulgou boletim médico no final da tarde desta segunda-feira informando que o paciente continua internado na UTI neurológica devido ao traumatismo craniano e permanece em estado gravíssimo.

Continua intubado, respirando com a ajuda de aparelhos. A pressão esta baixa e controlada com medicamentos; os rins funcionam adequadamente, mas com sobrecarga e o paciente está em uso de antibióticos potentes para pneumonia broncoaspirativa causada pelas agressões.

Martins permanece com quadro neurológico gravíssimo deste que foi atacado pelo grupo e ainda não recobrou a consciência. Nesta segunda-feira havia a programação para desligar a sedação a fim de realizar a avaliação neurobiológica que deve ser divulgada na tarde desta terça-feira (29). O paciente não tem previsão de alta.

A vitima do ataque brutal que aconteceu na noite desta sexta-feira (25), depois de ter encostado o carro na moto de um dos agressores, foi socorrida para o Pronto Socorro de Bataguassu e logo em seguida transferida para a Santa Casa da Capital em estado gravíssimo de coma.

Exames revelaram múltiplos traumatismos cranioencefálicos, edema cerebral, desvio da linha média cerebral costelas quebradas e hemorragia interna. A vítima foi submetida a uma cirurgia para conter a hemorragia e permanece em coma desde que foi socorrido pela equipe de resgate.

Na imagem, é possível ver a moto de Lucas estacionada de maneira irregular atrás do carro de Martins. Lucas aparece no centro da imagem ameaçando a vítima. Populares tentam conter o agressor e a namorada de Lucas, Kezia Alexia, acompanha tudo de perto. Martins aparece de camiseta preta no canto esquerdo da imagem, sem esboçar reação. Mais tarde naquela noite, Lucas em companhia da namorada e o restante da família armariam uma tocaia para depredar o carro e espancar a vítima até deixá-la em coma.

Para a família, o médico responsável pela internação da vítima no CTI informou que os danos cerebrais são irreversíveis e que “quem bateu nele, bateu para matar”.

Até o momento, nenhum dos envolvidos está preso.

O caso gerou comoção em toda cidade e amigos se mobilizaram adesivando veículos pedindo por justiça. A hashtag #justiçapormartins está sendo usada em redes sociais. CENÁRIOS MS

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