O peso do Estado na economia atingiu no ano passado o menor nível desde os anos 1990. Em 2022, a participação do consumo do governo no Produto Interno Bruto (PIB, valor de tudo o que é produzido na economia) ficou em 18,0%, abaixo dos 18,6% de 2021. É o menor nível da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1996.
No cálculo do PIB, o consumo do governo não é a mesma coisa que os gastos públicos que entram nos Orçamentos federal, estaduais e municipais. Ele se refere às despesas para prover os serviços públicos à população, com destaque para educação, saúde e segurança.
Não entram na conta, por exemplo, as despesas públicas com programas de transferência de renda (como o Bolsa Família, cujos pagamentos são considerados como consumo das famílias, já que os cidadãos recebem os recursos diretamente e podem usá-los como quiser) ou com obras (que entram como investimento, chamado de formação bruta de capital fixo).
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