Um exame odonto-legal feito por dois peritos especializados em antropologia forense e por um perito odontolegista, realizado no Instituto Médico-Legal, no Centro do Rio, confirmou que é mesmo da estudante Júlia Hemanuelly de Faria Costa, de 15 anos, a ossada encontrada , no último dia 18, no município de Quatis, na Região do Vale do Paraíba. A adolescente estava desaparecida desde o dia 13 de fevereiro.
De acordo com o resultado do exame, a estudante foi morta por esganadura. Principal suspeito do crime, Luiz Paulo Alves Vieira Filho, padrasto de Júlia, que está preso temporariamente, deverá ter um pedido de prisão preventiva apresentado à justiça, nos próximos dias, pelo delegado Marcelo Haddad, da 94ªDP (Piraí). Segundo a polícia, ele já confessou o crime. Júlia desapareceu no dia 13 de fevereiro, quando estava dentro de casa, no distrito de Arrozal, em Piraí. Investigação feita por policiais civis revela que Luiz Paulo culpava a garota pelo mau andamento do casamento com a mãe da menina.
O corpo da estudante foi localizado em uma área de mata, na localidade de São Joaquim, distrito de Quatis. O desaparecimento foi registrado pela mãe da jovem. Uma equipe da 94ªDP encontrou imagens feitas por câmeras de segurança que mostravam o padrasto de Júlia entrando na garagem com um veículo, na manhã que a menina sumiu. A gravação mostra que, 30 minutos depois, o carro deixa o local. Na ocasião, uma testemunha presenciou o suspeito colocando um volume enrolado em um lençol no banco traseiro do carro.
Durante a investigação, a polícia também encontrou manchas de sangue no interior do veículo e em um sofá da casa onde a menina estava. Após um trabalho de inteligência, os policiais encontraram uma ossada na localidade de São Joaquim, no município de Quatis.
No Instituto Médico-Legal do Rio, para os restos mortais foram levados, os peritos compararam a arcada dentária encontrada na ossada com dados odontológicos da adolescente. O resultado confirmou a identidade da vítima.
O padrasto de Júlia chegou a negar o crime ao ser preso, em fevereiro. Mas, ouvido mais vez após a polícia encontrar novas provas, ele acabou confessando o assassinato
.— Em menos de um mês, o caso foi solucionado e o autor foi preso. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias e vamos representar à Justiça pela prisão preventiva do acusado – disse o titular da 94ª DP, delegado Marcelo dos Santos Haddad. Em menos de um mês, o caso foi solucionado e o autor foi preso. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias e vamos representar à Justiça pela prisão preventiva do acusado — disse o delegado Marcelo Haddad.
Extra