O número de matrículas de tempo integral em escolas da rede pública aumentou em mais de 600 mil em 2024, em comparação com o ano anterior. É o que mostra o Censo Escolar 2024 — principal pesquisa estatística educacional do país, e instrumento que coleta informações da educação básica — divulgado nesta quarta-feira (9) pelo Ministério da Educação (MEC).
Em geral, as escolas de tempo integral têm carga igual ou superior a 7 horas diárias ou 35 horas semanais, contra cerca de 4 horas diárias das escolas de período parcial.
Foram mais de 7,9 milhões de matrículas divididas entre educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, um avanço de 8,5% em relação a 2023. O valor não leva em conta educação profissional, EJA e educação especial.
Na rede privada, a modalidade de ensino integral também cresceu, mas de maneira mais tímida. Foram 1.298.940 matrículas em 2024, um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior.
No contexto das escolas particulares, a oferta por ensino integral não é tão significativa, como mostram dados do Censo.
Apenas 11,9% das matrículas de ensino médio em instituições privadas foram de tempo integral em 2024. No ensino fundamental, o número é ainda menor, com o tempo integral representando apenas 3,4% do total de matrículas.
A exceção é na educação infantil, que tem por característica ofertar mais regularmente o ensino integral. Na rede privada, 39,5% das matrículas de 2024 foram na categoria.
Em contrapartida, na rede pública, cerca de 33,4% das matrículas de educação infantil foram na modalidade de tempo integral.
No ensino fundamental, a modalidade representou 19,1% das matrículas totais, e, no ensino médio, foram outros 23,1%. G1