Pelo segundo ano consecutivo, a velocidade do desmatamento na Amazônia registrou queda. Entre agosto de 2023 e julho de 2024, a destruição da maior floresta tropical do mundo caiu 30,6% em relação ao período passado e totalizou 6.288 quilômetros quadrados. É a menor área dos últimos nove anos.
Os dados são do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram anunciados nesta quarta-feira (6/11) em Brasília.
“Conseguimos este resultado graças a ação integrada do governo federal com o governo dos estados. E isso vai muito além das ações de comando e controle”, disse Marina Silva, ministra de Meio Ambiente, durante o anúncio, referindo-se a políticas como a de investimento em bioeconomia e ordenação territorial.
Segundo o governo federal, houve um aumento de 98% de multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) durante a fiscalização – ou ações de comando e controle – em relação à média de infrações emitidas nos anos do mandato de Jair Bolsonaro.
Com essa freada no corte da vegetação nativa, o país deixou de emitir cerca de 400 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2). “Isso equivale a emissão anual da Argentina”, comparou Geraldo Alckmin, vice-presidente, que representou Luiz Inácio Lula da Silva, que cancelou sua participação no evento na última hora.
Pela primeira vez, o Prodes foi feito com imagens obtidas pelo satélite Sentinel, da agência espacial europeia. “A resolução é de dez metros e permite que os polígonos sejam vistos com maior resolução. Usamos também imagens de radar que vê por meio das nuvens. É a primeira vez que 100% da área monitorada foi totalmente observada”, disse Claudio Almeida, chefe do programa no Inpe.
Nos dois primeiros anos deste governo Lula, a redução de desmatamento na Amazônia chegou a 45% em comparação com 2022.
DW