As provas estão previstas para 15 de dezembro em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Professores preveem questões mais diretas e pouco polêmicas, como é típico da banca organizadora, o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC).
O novo concurso público dos Correios, que conta com mais de 3,5 mil vagas, está sendo organizado pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC). A instituição é responsável por elaborar as questões das provas.
Por isso, é importante que os candidatos conheçam o perfil da banca organizadora. É uma forma de “prever, mais ou menos, os assuntos que serão cobrados”, explica o professor Bruno Bezerra, do Estratégia Concursos.
O Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) foi criado há cerca de 15 anos, por um grupo de executivos que visava realizar projetos sociais na área da Educação. A sede do IBFC está localizada em Taboão da Serra, em São Paulo.
Para obter fundos, o instituto realiza concursos públicos, processos seletivos e vestibulares. O IBFC, normalmente, aplica provas municipais e estaduais. A empresa já realizou avaliações para Prefeitura de Feira de Santana (BA), Manaus (AM), além dos estados da Paraíba, Acre, Goiás e Minas Gerais.
O concurso mais recente foi para o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com salários de até R$ 13,9 mil, em seis estados. As provas dos Correios vão acontecer em várias cidades de todos os estados brasileiros e no Distrito Federal e estão previstas para 15 de dezembro.
“É uma novidade a aplicação nacional, com a prova ocorrendo em mais de 300 locais. A IBFC está acostumada a fazer aplicações locais por se tratar de uma banca menor, mas já está começando a aplicar provas de abrangência nacional na área da saúde”, explica Eduardo Cambuy, professor do Gran Concursos.
O IBFC é responsável também pelo sistema de inscrições, pela impressão e distribuição dos cadernos de prova, pela correção e pela divulgação dos resultados.
🤔 Como serão as provas?
A prova para as vagas de nível médio, para o cargo de carteiro, terá duração de quatro horas. Serão respondidas 50 questões de múltipla escolha, valendo 60 pontos no máximo.
Segundo o edital, cada questão conterá quatro alternativas e apenas uma correta. Serão perguntas de língua portuguesa, matemática, noções de informática, conhecimentos gerais, e código de conduta ética e integridade.
O candidato precisa fazer no mínimo 30 pontos para não ser eliminado, mas existe também um número de acertos mínimos por disciplina.
A prova objetiva vai funcionar da seguinte forma:
Já a avaliação para o cargo de nível superior, para o cargo de analista, terá 50 questões de múltipla escolha, valendo também 60 pontos, além de uma redação de 20 a 30 linhas. Segundo o edital, cada questão conterá quatro alternativas e apenas uma correta.
O exame também terá duração de quatro horas e vai cobrar questões de língua portuguesa, matemática, noções de informática, código de conduta ética e integridade e conhecimentos específicos da especialidade concorrida.
O candidato precisa fazer no mínimo 30 pontos para não ser eliminado, mas há também um número de acertos mínimos por disciplina.
A prova objetiva vai funcionar da seguinte forma:
Em ambos os casos, o candidato poderá deixar a sala de provas após o tempo mínimo de duas horas e entregar a folha de respostas devidamente preenchida e assinada. Após esse período, o participante poderá levar o caderno de questões para casa.
📝 Qual o estilo da banca?
De acordo com o professor Ivan Neto, do Brabo Concursos, o nível de dificuldade do IBFC pode variar conforme o processo seletivo. No caso dos Correios, o nível de complexidade deve ser médio.
O instituto costuma cobrar os assuntos de forma direta. Outra característica é abordar os temas conforme o edital, dividindo bem os conteúdos.
“O padrão do IBFC é trabalhar a parte gramatical em língua portuguesa. Então, a gente pode ter, sim, questões de interpretação, mas é uma banca que puxa mais aspectos gramaticais. Normalmente, eles apelam para enunciados mais curtos, diretos e objetivos”, explica o especialista.
O IBFC não costuma usar pegadinhas e ter questões problemáticas, além de dificilmente entrar em temas polêmicos ou questões subjetivas. No geral, não costuma ter penalizações ou anulações de perguntas em concursos.
Por outro lado, os participantes precisam estar atentos aos enunciados das questões. Um estilo que sempre aparece nas provas da banca é a escolha entre alternativa CORRETA OU INCORRETA, o que pode levar ao erro em caso de candidatos desatentos.
Outro modelo de questão bem comum do IBFC é pedir a avaliação do candidato entre “verdadeiro” ou “falso”.
📚 Como se preparar?
O professor Erick Alves, do Direção Concursos, orienta passar por todos os assuntos previstos no edital durante os estudos. O especialista destaca que, na disciplina de matemática, é importante praticar bastante e fazer contas sem o uso de calculadora.
“Como edital é bastante enxuto, tem pouco conteúdo programático, dá para estudar tudo tranquilamente. Então, o importante é que o candidato aborde todo o edital umas duas ou três vezes até a data da prova”, afirma o especialista.
Além disso, o professor também oriente não negligenciar nenhuma matéria, especialmente os conteúdos de conhecimentos gerais e o código de ética dos Correios. Por ser tratar de um concurso concorrido, qualquer ponto é importante e pode fazer diferença.
“O código de ética é um excelente relação custo-benefício para estudar, porque corresponde a cinco pontos na prova [no caso de nível médio] e são apenas 14 páginas para estudo. Diferente de informática, por exemplo, que é a mesma quantidade de pontos e tem mais conteúdo”, completa.
Segundo Eduardo Cambuy, o edital de 2011 abordou somente disciplinas como português, informática e matemática. Agora, como era esperado pelos concurseiros, fez o acréscimo de código ética dos Correios e conhecimentos gerais.
“Conhecimentos gerais devem trazer aspectos mais geográficos e históricos, enquanto estudo da ética é algo mais restrito à própria instituição. É importante o aluno se concentrar em português e matemática, que vão representar 75% dos pontos”, completa o professor.
Além da parte teórica, também é importante o candidato ampliar o portfólio com estudos mais práticos, como assistir vídeo-aulas e simulados. “Na reta final é fundamental fazer questões atualizadas, e principalmente da própria banca, para entender como será o concurso”, completa Ivan Neto.
G1