O principal suspeito do feminicídio de Patrícia Neves Jackes Aires, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, o companheiro da vítima, confessou o assassinato e declarou às autoridades que asfixiou a mulher com um cinto de segurança alegando ter “perdido a cabeça” durante depoimento realizado nesta segunda-feira, 12, em São Sebastião do Passé, na Bahia.
A primeira versão do companheiro de Patrícia foi de que os dois haviam sido vítimas de um sequestro. Entretanto, durante depoimento, o homem desmentiu tal relato, afirmando que havia “inventado tudo”. As informações são do portal “A Tarde”.
O homem alegou que a delegada o ameaçou com uma arma após dizer que desejava encerrar a relação. Os dois iriam se casar nesta quarta-feira, 14. De acordo com Tancredo, os dois decidiram que iriam para Salvador (BA), mas começaram a discutir durante a viagem.
Segundo o suspeito, a mulher puxou o volante do veículo e tirou o carro da pista. “Ela não aceitava o término de jeito nenhum. Eu não vou negar que amava ela e tentava ver novamente que via dentro dela, mas sempre voltava para o mesmo final de ameaças”, relatou Tancredo.
O homem continuou a história alegando que após o carro parar no acostamento, a mulher partiu para cima dele com um soco. “Eu não sou um monstro, não. Não sou um bicho […] Perdi a cabeça”, relatou Tancredo, afirmando que asfixiou a delegada com o cinto de segurança do carro e fugiu do local. O suspeito declarou que o crime não foi premeditado e não sabia se a mulher estava morta quando deixou o veículo.
Segundo Tancredo, o relato de sequestro foi inventado por medo de que fosse sofrer uma retaliação das autoridades policiais por Patrícia ser uma delegada. O homem pontuou que a mulher chegou a ameaçar sua família quando ele dizia que desejava encerrar a relação. IstoÉ