Apesar de ter sido extinto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022, o chamado orçamento secreto — nome pelo qual ficaram conhecidas as emendas de relator — tem aproximadamente R$ 16 bilhões que receberam autorização para serem gastos em anos anteriores e que até hoje não foram utilizados.
De acordo com números do Siga Brasil, um sistema de informações sobre o orçamento federal controlado pelo Senado, e do Painel do Orçamento Federal, ferramenta do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento, de 2020 a 2022 foram empenhados — ou seja, reservados — R$ 45 bilhões em emendas de relator para ações do governo. Desse total, R$ 29,1 bilhões já foram desembolsados, e o restante permanece como saldo remanescente.
Cabia ao governo decidir quando os recursos das emendas de relator seriam aplicados. O destino dos quase R$ 16 bilhões que não foram pagos até hoje já tinha sido definido no momento em que os valores foram empenhados e serviria para projetos relacionados a 14 ministérios.
R7